segunda-feira, 14 de janeiro de 2002

Vi a chuva cair.

Um dia, vi a chuva cair. Era uma tarde de verão, e eu estava sozinho em casa. O céu estava nublado e as primeiras gotas caíram suavemente, formando pequenos círculos na poça d'água do quintal. Eu olhei para cima e senti o frescor da chuva no meu rosto, como uma carícia da natureza.

Instintivamente, comecei a pular de alegria, balançando os braços e gritando para o céu. Eu estava tomado pela euforia, pela liberdade de poder me molhar na chuva, sem me importar com nada mais. Corri para o quintal, sentindo a água escorrer pelo meu cabelo e pela minha pele, sem me preocupar com o fato de ficar encharcado.

Na horta, pulei nas poças de lama com total entrega, me sujando por completo. Não havia preocupações, não havia responsabilidades, apenas eu e a chuva, em um momento de pura felicidade. Eu era pequeno demais para entender os possíveis efeitos de ficar resfriado, ou para me preocupar com qualquer outra coisa além de aproveitar aquele momento.

Naquele dia, eu tinha acabado de completar 40 anos, mas ainda me sentia como uma criança quando se tratava de chuva. Por que agora, aos 40 anos, teria que me preocupar em usar menos? Por que deixar de aproveitar algo tão simples e revigorante como a chuva?

Enquanto a chuva continuava a cair, eu corria sem parar, em círculos, rindo e gritando. Cada gota que tocava meu corpo era uma sensação de renovação, de conexão com a natureza, de lembrar que a vida é feita de momentos simples e especiais, como aquele.

Eu me sentia vivo, rejuvenescido, como se a chuva estivesse lavando minha alma e me permitindo começar de novo. Eu dançava sob a chuva, deixando para trás preocupações e responsabilidades, mergulhando na pureza daquele momento.

A chuva continuou a cair por um bom tempo, e eu aproveitei cada segundo daquela experiência única. Lembrei-me de quando era criança e brincava na chuva sem se preocupar com nada, e percebi que, mesmo aos 40 anos, ainda podia me permitir ser livre, espontâneo e grato pela beleza simples da natureza.

Quando a chuva finalmente diminuiu, eu parei de correr, mas continuei sorrindo. Olhei ao redor e vi o quintal transformado em um cenário de lama e poças d'água, e percebi que eu também estava transformado. Aquele momento de conexão com a chuva havia renovado minha alma e me trazido uma sensação profunda de alegria e gratidão.


Já viu um D?

Já viu um D? Isso mesmo. Um D de verdade. Um D sem defeito. É lindo ver um D bem desenhado, decorado. Minha mãe prefere o dourado. De qualqu...