terça-feira, 2 de novembro de 2021

Abandono de intelectos

Como posso chegar a esse ponto? Por que acreditar que viver já não vale mais a pena? A melancolia se instala em meu coração, pesando como uma âncora, arrastando-me para o abismo da tristeza. Sinto-me abandonado, desprovido de esperança e propósito. Os intelectos que eu cultivava com tanto zelo, as crenças que eu acreditava serem inabaláveis, agora parecem frágeis e vazias.

Cada dia que passa, vejo que nada mais importa. As coisas que antes me traziam alegria e satisfação agora parecem superficiais e sem sentido. As cores do mundo perderam seu brilho, e o tempo parece ter perdido sua relevância. A intemporalidade toma conta de mim, como se o passado, o presente e o futuro se fundissem em uma única e monótona existência.

Sinto-me desamparado diante da indiferença da vida. Como uma pessoa pode me deixar abaixo de tudo em que acredito? Como posso confiar em algo que parecia tão certo e, de repente, se desvaneceu como fumaça ao vento? A tristeza me consome, corroendo minha alma com uma dor profunda e lancinante.

Os dias passam como uma sucessão de momentos vazios, sem significado. A tristeza se torna uma companheira constante, envolvendo-me em sua escuridão, como uma sombra que não me abandona. Parece que não há saída, que estou preso em um ciclo interminável de desolação.

A melancolia me faz questionar o sentido da vida e da existência. O que é real e o que é ilusão? O que é verdadeiro e o que é efêmero? As respostas escapam de mim, como se fossem miragens fugazes em um deserto árido. A intemporalidade do tempo me confronta com a finitude de tudo, e sinto-me impotente diante dessa realidade avassaladora.

E assim, o abandono de intelectos é um golpe doloroso para a alma. A tristeza e a melancolia podem nos afetar de maneiras profundas e intensas, desafiando nossas crenças e nossa visão de mundo. É um caminho árduo, cheio de incertezas e questionamentos, mas também pode ser uma jornada de autodescoberta e crescimento.

É um convite para olhar para dentro de nós mesmos, para enfrentar nossos medos e angústias, e encontrar maneiras de transcender a tristeza, ressignificar nossa existência e encontrar um novo significado. É uma lembrança de que a vida é complexa e imprevisível, e que as emoções humanas são intrincadas e profundas.

Nesse abandono de intelectos, posso encontrar um refúgio na compreensão de que a tristeza é uma parte inerente da experiência humana, que pode ser superada com o tempo e o autocuidado. Posso aprender a aceitar a intemporalidade do tempo, a abraçar a incerteza e a encontrar beleza nas pequenas coisas.

A tristeza pode ser um lembrete de nossa humanidade. De nossa mortalidade. De nossa finitude.

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