sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Já viu um D?

Já viu um D?

Isso mesmo. Um D de verdade.

Um D sem defeito.

É lindo ver um D bem desenhado, decorado. Minha mãe prefere o dourado.

De qualquer forma, o D é de fato um declara às letras abertas

Que não foi fácil ser D de verdade, pois ninguém desenha o D direito.

Para o D dar certo, desenhe o D de cima para baixo,

Depois, desenhe a barriga.

Barriga não, darriga.

De vez em quando, troco o D pelo B

Só que B tem barriga em dobro.

Agora sim, dobro tem D e tem B

Desde que o C não saia do meio,

O B e o D não se confundirão.


terça-feira, 2 de novembro de 2021

Abandono de intelectos

Como posso chegar a esse ponto? Por que acreditar que viver já não vale mais a pena? A melancolia se instala em meu coração, pesando como uma âncora, arrastando-me para o abismo da tristeza. Sinto-me abandonado, desprovido de esperança e propósito. Os intelectos que eu cultivava com tanto zelo, as crenças que eu acreditava serem inabaláveis, agora parecem frágeis e vazias.

Cada dia que passa, vejo que nada mais importa. As coisas que antes me traziam alegria e satisfação agora parecem superficiais e sem sentido. As cores do mundo perderam seu brilho, e o tempo parece ter perdido sua relevância. A intemporalidade toma conta de mim, como se o passado, o presente e o futuro se fundissem em uma única e monótona existência.

Sinto-me desamparado diante da indiferença da vida. Como uma pessoa pode me deixar abaixo de tudo em que acredito? Como posso confiar em algo que parecia tão certo e, de repente, se desvaneceu como fumaça ao vento? A tristeza me consome, corroendo minha alma com uma dor profunda e lancinante.

Os dias passam como uma sucessão de momentos vazios, sem significado. A tristeza se torna uma companheira constante, envolvendo-me em sua escuridão, como uma sombra que não me abandona. Parece que não há saída, que estou preso em um ciclo interminável de desolação.

A melancolia me faz questionar o sentido da vida e da existência. O que é real e o que é ilusão? O que é verdadeiro e o que é efêmero? As respostas escapam de mim, como se fossem miragens fugazes em um deserto árido. A intemporalidade do tempo me confronta com a finitude de tudo, e sinto-me impotente diante dessa realidade avassaladora.

E assim, o abandono de intelectos é um golpe doloroso para a alma. A tristeza e a melancolia podem nos afetar de maneiras profundas e intensas, desafiando nossas crenças e nossa visão de mundo. É um caminho árduo, cheio de incertezas e questionamentos, mas também pode ser uma jornada de autodescoberta e crescimento.

É um convite para olhar para dentro de nós mesmos, para enfrentar nossos medos e angústias, e encontrar maneiras de transcender a tristeza, ressignificar nossa existência e encontrar um novo significado. É uma lembrança de que a vida é complexa e imprevisível, e que as emoções humanas são intrincadas e profundas.

Nesse abandono de intelectos, posso encontrar um refúgio na compreensão de que a tristeza é uma parte inerente da experiência humana, que pode ser superada com o tempo e o autocuidado. Posso aprender a aceitar a intemporalidade do tempo, a abraçar a incerteza e a encontrar beleza nas pequenas coisas.

A tristeza pode ser um lembrete de nossa humanidade. De nossa mortalidade. De nossa finitude.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Só. O momento intemporal.

 Agora o agora. Essa frase resume tudo. É um momento intemporal, um espaço transcende. É o agora, o presente, o único momento real e palpável. Mas, ao mesmo tempo, é o nada. Um sentimento de fragilidade e impotência, como se não fôssemos tão importantes, apenas um absoluto nada. É assim que me sinto ao ouvir a música "Cave" da artista Clann.

Os acordes suaves e a voz melódica de Clann envolvem meu ser, levando-me a um estado de reflexão profunda sobre o significado do nada. A ilusão de viver em um mundo onde pensamos que somos fundamentais para alguém, apenas para descobrir que tudo continua sem nós se nos ausentarmos. É uma verdade dura, um sentimento de insignificância que nos faz questionar nosso propósito e valor.

E assim, agora é só esperar.

É só sentar e esperar.

É só esperar.

Só.

O momento presente se estende em uma eternidade fugaz, onde o nada se mistura com o intemporal. A música de Clann é uma trilha sonora perfeita para esse momento, com suas melodias que parecem transcender o tempo e o espaço. É uma experiência única, uma introspecção profunda em um mundo de emoções e sensações indescritíveis.

Nesses momentos, percebo que o agora é tudo o que temos, e mesmo que nos sintamos como um nada, ainda assim, é um momento intemporal, um espaço de reflexão e autoconhecimento. É uma jornada interior, uma busca por significado em meio ao vazio aparente. E é na música, como "Cave" de Clann, que encontramos uma conexão com o intemporal, uma inspiração que nos leva além dos limites do tempo e do espaço, nos permitindo mergulhar em nosso próprio ser, mesmo que por um breve instante. É um lembrete de que, mesmo sendo apenas um nada em um mundo vasto e complexo, ainda podemos encontrar beleza e significado em nosso próprio ser e na experiência do agora.


O infinito e o nada, duas noções aparentemente antagônicas, mas que coexistem em nossa percepção do tempo e da existência. Mesmo em um único segundo, podemos experimentar uma sensação de infinitude, enquanto ao mesmo tempo, séculos podem parecer passar em um piscar de olhos. É uma dualidade fascinante, que nos leva a refletir sobre a fugacidade da vida e a efemeridade de tudo ao nosso redor.

Em nosso cotidiano, muitas vezes nos vemos imersos em uma corrida contra o tempo, buscando incessantemente cumprir prazos, alcançar metas e perseguir realizações. Somos levados a acreditar que o tempo é algo linear e ininterrupto, que se estende infinitamente à nossa frente. No entanto, quando olhamos mais de perto, percebemos que o tempo é fluido e subjetivo, e que pode se esticar ou encolher dependendo de nossa percepção e experiência.

Em um único segundo, podemos experimentar uma multiplicidade de sensações, emoções e pensamentos. Um segundo pode parecer interminável quando estamos ansiosos, esperando por algo com grande expectativa. Pode parecer eterno quando estamos sofrendo, enfrentando uma dor intensa ou esperando por uma resposta importante. Em contrapartida, um segundo pode passar despercebido quando estamos imersos em atividades rotineiras, distraídos pelo frenesi da vida moderna.

Porém, mesmo em um único segundo, podemos sentir a imensidão do tempo, como se séculos passassem diante de nossos olhos. Momentos de profunda contemplação, reflexão ou introspecção podem nos transportar para um estado atemporal, onde o passado, o presente e o futuro se fundem em uma única experiência. É como se o tempo se dilatasse, expandindo-se para além de nossos limites usuais de percepção.

E é nesse momento que também nos deparamos com o nada, a sensação de que tudo o que conhecemos e valorizamos pode se dissipar em um instante. A efemeridade da vida se revela, e percebemos que tudo o que consideramos importante e significativo pode desaparecer em um piscar de olhos. É uma reflexão profunda sobre a finitude de todas as coisas, a impermanência do mundo e a inevitabilidade do fim.

Essa consciência do infinito e do nada pode ser desconcertante, mas também pode ser uma fonte de inspiração e sabedoria. Nos lembra da importância de valorizar o momento presente, de viver plenamente cada segundo, pois o tempo é um recurso precioso que não pode ser recuperado. Nos convida a buscar significado e propósito em meio à efemeridade da vida, a cultivar relacionamentos, a apreciar a beleza ao nosso redor e a buscar o que realmente importa.

E assim, mesmo em um segundo, podemos experimentar uma transformação profunda, onde séculos podem passar em um segundo e um segundo pode se estender por séculos. É uma jornada de compreensão do tempo e da existência, uma reflexão sobre nossa própria finitude e uma oportunidade de viver plenamente, conscientes de que tudo acabará um dia. É uma lembrança de que a vida é preciosa e que cada momento é único e

sábado, 4 de setembro de 2021

Olá, Heliot! Eu sou Heliot também.

A música começa a tocar, e de repente sou transportado para outro lugar. Uma cena de um filme, um momento marcante, uma emoção avassaladora. As notas envolvem meu ser, acionam uma profunda conexão emocional que mexe comigo de maneiras inexplicáveis. Por que somos tomados de tristezas após ouvir um som, uma música em uma cena de um filme?

Lembro-me do personagem Heliot do seriado Mr. Robot em sua última cena na 4ª temporada. Suas palavras ressoam em minha mente, ecoam em meu coração. Ele expressa suas dúvidas, suas angústias, suas lutas internas, e eu me identifico com ele em um nível profundo. Sinto-me impotente diante de tudo que conheço, de tudo que desejo e de todos ao meu redor.

A música que acompanha aquela cena é "Outro" da banda M83. As notas etéreas, os acordes melancólicos e a voz suave do vocalista me envolvem em uma atmosfera de tristeza e nostalgia. É como se a música capturasse perfeitamente a emoção do momento, amplificando-a em meu coração.

A cena e a música me levam a uma crise interna. É como se as barreiras que eu tinha construído ao meu redor desabassem, e eu me vejo confrontando minhas próprias inseguranças, medos e incertezas. É um momento de vulnerabilidade, em que a tristeza se mistura com a introspecção e a reflexão.

As palavras de Heliot e a música de fundo despertam em mim uma avalanche de emoções. Sinto-me sobrecarregado, confuso, perdido. A tristeza se torna um turbilhão dentro de mim, e não consigo controlar minhas lágrimas. É como se a música tivesse o poder de abrir uma ferida em meu coração, expor minhas fragilidades e me fazer confrontar a realidade de forma crua e dolorosa.

A música "Outro" é um lembrete de que a arte tem o poder de tocar nossa alma de maneiras profundas e transformadoras. É como se a música tivesse uma linguagem própria, capaz de expressar emoções complexas que muitas vezes não conseguimos colocar em palavras. Ela nos conecta com nossa humanidade, com nossas experiências compartilhadas de amor, perda, saudade e nostalgia.

A tristeza que sinto ao ouvir essa música é uma lembrança de que a vida é efêmera, que nem tudo está sob nosso controle e que enfrentamos constantemente desafios e incertezas. Mas também é um convite para olhar para dentro de mim mesmo, para compreender minhas emoções, aceitar minha vulnerabilidade e encontrar formas de lidar com as adversidades.

Assim como Heliot, eu também me vejo confrontando minhas próprias lutas internas, minhas inseguranças e medos. A música é como um espelho que reflete minha própria alma, me levando a questionar e refletir sobre quem eu sou e como enfrento os desafios da vida.


Tradução da música Outro - M83.

"Eu sou o rei da minha terra
Enfrentando tempestades de poeira
Eu vou lutar até o fim
Criaturas dos meus sonhos - levantem e dancem comigo!
Agora e para sempre
Eu sou seu REI!"

Já viu um D?

Já viu um D? Isso mesmo. Um D de verdade. Um D sem defeito. É lindo ver um D bem desenhado, decorado. Minha mãe prefere o dourado. De qualqu...