terça-feira, 21 de setembro de 2021

Só. O momento intemporal.

 Agora o agora. Essa frase resume tudo. É um momento intemporal, um espaço transcende. É o agora, o presente, o único momento real e palpável. Mas, ao mesmo tempo, é o nada. Um sentimento de fragilidade e impotência, como se não fôssemos tão importantes, apenas um absoluto nada. É assim que me sinto ao ouvir a música "Cave" da artista Clann.

Os acordes suaves e a voz melódica de Clann envolvem meu ser, levando-me a um estado de reflexão profunda sobre o significado do nada. A ilusão de viver em um mundo onde pensamos que somos fundamentais para alguém, apenas para descobrir que tudo continua sem nós se nos ausentarmos. É uma verdade dura, um sentimento de insignificância que nos faz questionar nosso propósito e valor.

E assim, agora é só esperar.

É só sentar e esperar.

É só esperar.

Só.

O momento presente se estende em uma eternidade fugaz, onde o nada se mistura com o intemporal. A música de Clann é uma trilha sonora perfeita para esse momento, com suas melodias que parecem transcender o tempo e o espaço. É uma experiência única, uma introspecção profunda em um mundo de emoções e sensações indescritíveis.

Nesses momentos, percebo que o agora é tudo o que temos, e mesmo que nos sintamos como um nada, ainda assim, é um momento intemporal, um espaço de reflexão e autoconhecimento. É uma jornada interior, uma busca por significado em meio ao vazio aparente. E é na música, como "Cave" de Clann, que encontramos uma conexão com o intemporal, uma inspiração que nos leva além dos limites do tempo e do espaço, nos permitindo mergulhar em nosso próprio ser, mesmo que por um breve instante. É um lembrete de que, mesmo sendo apenas um nada em um mundo vasto e complexo, ainda podemos encontrar beleza e significado em nosso próprio ser e na experiência do agora.


O infinito e o nada, duas noções aparentemente antagônicas, mas que coexistem em nossa percepção do tempo e da existência. Mesmo em um único segundo, podemos experimentar uma sensação de infinitude, enquanto ao mesmo tempo, séculos podem parecer passar em um piscar de olhos. É uma dualidade fascinante, que nos leva a refletir sobre a fugacidade da vida e a efemeridade de tudo ao nosso redor.

Em nosso cotidiano, muitas vezes nos vemos imersos em uma corrida contra o tempo, buscando incessantemente cumprir prazos, alcançar metas e perseguir realizações. Somos levados a acreditar que o tempo é algo linear e ininterrupto, que se estende infinitamente à nossa frente. No entanto, quando olhamos mais de perto, percebemos que o tempo é fluido e subjetivo, e que pode se esticar ou encolher dependendo de nossa percepção e experiência.

Em um único segundo, podemos experimentar uma multiplicidade de sensações, emoções e pensamentos. Um segundo pode parecer interminável quando estamos ansiosos, esperando por algo com grande expectativa. Pode parecer eterno quando estamos sofrendo, enfrentando uma dor intensa ou esperando por uma resposta importante. Em contrapartida, um segundo pode passar despercebido quando estamos imersos em atividades rotineiras, distraídos pelo frenesi da vida moderna.

Porém, mesmo em um único segundo, podemos sentir a imensidão do tempo, como se séculos passassem diante de nossos olhos. Momentos de profunda contemplação, reflexão ou introspecção podem nos transportar para um estado atemporal, onde o passado, o presente e o futuro se fundem em uma única experiência. É como se o tempo se dilatasse, expandindo-se para além de nossos limites usuais de percepção.

E é nesse momento que também nos deparamos com o nada, a sensação de que tudo o que conhecemos e valorizamos pode se dissipar em um instante. A efemeridade da vida se revela, e percebemos que tudo o que consideramos importante e significativo pode desaparecer em um piscar de olhos. É uma reflexão profunda sobre a finitude de todas as coisas, a impermanência do mundo e a inevitabilidade do fim.

Essa consciência do infinito e do nada pode ser desconcertante, mas também pode ser uma fonte de inspiração e sabedoria. Nos lembra da importância de valorizar o momento presente, de viver plenamente cada segundo, pois o tempo é um recurso precioso que não pode ser recuperado. Nos convida a buscar significado e propósito em meio à efemeridade da vida, a cultivar relacionamentos, a apreciar a beleza ao nosso redor e a buscar o que realmente importa.

E assim, mesmo em um segundo, podemos experimentar uma transformação profunda, onde séculos podem passar em um segundo e um segundo pode se estender por séculos. É uma jornada de compreensão do tempo e da existência, uma reflexão sobre nossa própria finitude e uma oportunidade de viver plenamente, conscientes de que tudo acabará um dia. É uma lembrança de que a vida é preciosa e que cada momento é único e

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