quarta-feira, 14 de janeiro de 1998

Solidão acompanhada.

Não me resta mais nada a não ser me render. As forças que antes me impulsionavam, agora se foram. Ameaças à minha liberdade, ameaças à minha vida, parecem mais reais do que nunca. Sinto-me cansado, exausto, como se a vida tivesse se tornado um peso insuportável. Quero ir. Quero partir deste mundo que parece ter perdido todo o sentido. Já não encontro alegria nas coisas que antes me traziam felicidade. Não quero mais compartilhar nada, nem mesmo com meus amigos. Na verdade, não quero mais ser amigo de ninguém. Sinto-me isolado, sozinho em minha própria dor. Não entendo mais o que se passa em minha mente. Meus sentimentos são confusos, e a tristeza é constante. Tudo parece tão claro como o dia, mas é assim que enxergo a noite. A escuridão se instalou em meu coração, e não consigo encontrar uma saída. As lágrimas são frequentes, mas parecem não aliviar a dor que sinto dentro de mim. Tento não interpretar meus sentimentos, mas é inevitável. Analiso cada emoção, cada pensamento, buscando respostas que parecem se esconder de mim. A solidão é avassaladora. A sensação de estar perdido em meio a multidões é sufocante. Sinto-me distante até dos meus amigos mais próximos, como se estivéssemos em mundos diferentes. A alegria que antes compartilhávamos parece ter se dissipado. A vida parece uma sucessão de dias vazios e sem significado. A rotina é pesada, e as responsabilidades se acumulam, mas sinto-me incapaz de lidar com tudo isso. Cada passo que dou é pesado, como se estivesse afundando em um abismo de tristeza. As dúvidas e incertezas me assombram. Questiono o propósito de minha existência, se tudo o que faço realmente importa. Sinto-me perdido em um mar de perguntas sem respostas, afundando cada vez mais na escuridão. O sorriso que costumava adornar meu rosto agora é apenas uma máscara que coloco para enfrentar o mundo. Por dentro, estou em pedaços. A tristeza é como uma ferida aberta que não cicatriza, latejando constantemente. O futuro parece sombrio, sem esperança. Já não consigo imaginar um amanhã melhor. Acredito que meu destino é apenas o vazio e a solidão. Os dias passam, mas a dor persiste, como uma sombra que me segue aonde quer que eu vá. Não sei como cheguei a esse ponto. Não sei quando tudo desmoronou. Sinto-me impotente, sem controle sobre minha própria vida. A tristeza é avassaladora, consumindo-me por completo. Não me resta mais nada a não ser me render. À tristeza, à solidão, à escuridão que se instalou em mim. Sinto-me como um náufrago à deriva em um oceano de desespero. E, enquanto a noite se arrasta, o dia seguinte vem... e tudo passa.

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